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[Kitsune]Raposa e lobos cap03

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1[Kitsune]Raposa e lobos cap03 Empty [Kitsune]Raposa e lobos cap03 Qui Ago 11, 2011 1:12 pm

Inu-chan

Inu-chan
Morador Ancião

Capitulo 3


Mary

O dia tinha sido tortuoso a dor parecia aumentar e agora acho que estava com febre, mas claramente não iria dizer a ninguém já que a aula estava no fim. Não demorou muito até o término das aulas, como era de costume duas pessoas da classe eram indicadas para organizar e limpar a sala no fim da ultima aula, fiquei naquele dia encarregada de arrumar a sala, junto com Kyros. Como não conversávamos o ar na sala estava meio tenso e tentei amenizá-lo começando um provável dialogo.
- Então... Kyros, né? – Perguntei meio sem assunto.
Nada de ele me responder era como se ele não estivesse ali, seu corpo ali, mas não sua mente os olhos prateados vagando pela vista fora da janela.
- Meu nome é Mary, prazer em finalmente conhecê-lo. – Ainda sem me responder, o único barulho vindo dele era o dos apagadores sendo limpos.
Estava impaciente de ouvir somente minha voz naquela sala enorme onde geralmente havia trinta alunos, tentei mais uma vez conversar, repetia a mesma pergunta que fiz por primeiro, ele me olhou pelo canto dos olhos, e quando pensei que diria algo ele me ignorou. Finalmente acabei perdendo a paciência por ter ficado sem respostas e ainda por ter sido ignorada. Então delicadamente num gesto leve peguei a vassoura, sorri sarcasticamente para ele que continuava a me ignorar e ataquei em sua cabeça o objeto de madeira azul, uma besteira fazer isso pensei antes de realizar o próximo ataque com o esfregão.
Não sabia o que fazer para reparar a besteira, me aproximei dele ajudando-o a levantar depois do ataque.
- Desculpa... Eu não queria, foi sua culpa por não me responder! –Falei meio constrangida.
- ARRGH! – Ouvia-o gemendo e se preparando pra falar algo. –Qual é o seu problema mulher!? Perdeu o juízo ou o quê?! –Gritou
- Se você respondesse as minhas palavras invés de me ignorar!
No momento em que me levantava para sair de perto dele, escorreguei na vassoura que havia atirado. E cai de joelhos, pude sentir a dor e a febre aumentar por conta do tranco, me curvei um pouco e levantei. Estava meio tonta e pendi para borda da janela quase caindo. Pude ver o chão abaixo do 3º andar onde estávamos. Em algum momento fechei os olhos, só esperando o impacto. Mas de repente, somente uma coisa foi sentida por mim, mas não abri os olhos durante o tempo de alguns segundos. Quando finalmente resolvi de abri-los e vi que estava nos braços de Kyros, podia sentir a sua respiração e seu calor por meu corpo, esperei me acalmar o suficiente para recobrar o raciocínio fechei as mãos em punhos e os apoiei no chão para tentar ficar de pé. Enquanto me levantava com dor olhei os olhos de Kyros que agora adquiriam um tom violeta mais forte, meio dourados pela luz do entardecer que passava pela janela da qual quase caí. E pensei que graças a ele ainda estava inteira ou pelo menos sem mais machucados que pudessem me revelar. Não sei como ele conseguiu me pegar antes que eu despencasse do terceiro andar, só sabia que estava muito agradecida. Der repente o ouvi sussurrar algo.
- Você está bem? – Pude ouvir, sua voz estava trêmula.
- Sim – respondi num tom baixo, quase no mesmo tom que ele usava.
Meu coração estava acelerado e eu não sabia direito o porquê; achava que seria por causa do susto. Ainda tentava me apoiar nas pernas bambas. E o encarava até que ele baixou a cabeça.
- Precisamos terminar logo de arrumar tudo. –Disfarcei. Continuava a senti o calor dele pelo meu corpo.
No momento em que me afastaria ele segurou minha mão e com a cabeça ainda baixa, me disse:
- Está tudo bem mesmo? Não... Não se machucou, não é? – Eu estranhei-o naquele momento. Parecia um pouco vulnerável.
- Sim. Não se preocupe. Vamos, levante-se, temos que terminar isso. – Minhas palavras pareciam ter o alcançado e, com um sorriso torto ele concordou.
Enquanto terminávamos a limpeza, o fiz algumas perguntas, dessa vez sendo elas respondidas.
- Por que não me respondeu antes? –Perguntava tentando disfarçar a dor e a tonteira.
- Pois não sei como responder a alguém tão bela e corajosa.
- Eu, bela e corajosa? Acho que não tem observado direto.
- É sério! O modo como age em relação aos outros, sempre pensando no bem de todos. – Enquanto dizia essas palavras, parecia meio envergonhado, mas com um brilho nos olhos que não me encaram e sim ao chão. –Ontem enquanto todos da classe cuidavam das crianças que vieram nos visitar, fiquei organizando a sala. Vi você correndo atrás de um garotinho que subiu em uma das escadas usadas para colher maçãs, ele ia cair e no momento que iria de encontro ao chão eu fechei meus olhos esperando ver à cena de uma criança esmagada, pela escada de trinta quilos da qual se necessita duas pessoas para carregá-la; então quando os abri, eu vi a criança em seus braços e a escada entrelaçada em suas costas. –Ele começou a se aproximar de mim enquanto falava. –E apesar de ter sido atingida, você protegeu alguém que nem ao menos conhecia, sem pensar duas vezes. Isso pra mim é coragem.
- Isso não foi nada, e também agora está tudo bem...
A expressão dele mudou completamente diante da minha resposta, era uma mistura de diversão e irritação, não sabia qual delas era mais reparável.
- Por favor, não minta, o peso a daquela escada deveria tê-la matado, ou então esmagado boa parte de seus ossos junto com aquela criança. –Ele fez uma pequena pausa e com um sorriso assustador completou. –E se não estou enganado, você ainda está machucada e não somente isso; pela sua aparência deve estar sentido uma grande dor e também parece ter febre, mas não se preocupe ele logo vai estar aqui para lhe ajudar, já o informei ele deve estar chegando. –Meus olhos se arregalaram só queria sair dali, queria deitar e descansar esquecer essa conversa.
Eu tentei sair da sala naquele momento, mas suportar a dor já não era mais uma opção ela já não era controlável, acabei por cair no chão agoniando na dor e sentindo que as bandagens vazavam um liquido quente tinha certeza de que era sangue. Talvez o impacto de quando quase cai tivesse aberto as feridas que agora vazavam pouco a pouco.
- Não devia se esforçar tanto, ou vai acabar perdendo a consciência. –Sorriu ele mais ainda demonstrando seriedade na conversa.
- Não brinque comigo, isso não é nada... –Dizia o olhando do chão. Enquanto mordia meus lábios senti um gosto metálico na boca, mas não havia sangue algum ali.
De repente minha visão começou a embaçar e tudo do que me lembro é dele saindo da sala pela janela só não sei como já que estávamos a trinta metros do primeiro andar, e depois uma voz familiar e por último, escuridão total e um completo silêncio.
- Onde... Onde estou? –Perguntava desorientada, com a visão ainda meio embaçada.
- Mary, você está bem? Te encontrei desmaiada na sala. –Ouvia uma voz quase sussurrando.
Aos poucos fui reconhecendo a voz como sendo a de Kira. Ao que parece ele me levara até o local onde estava agora e estivera ao meu lado todo esse tempo pelo menos era isso que sua camisa ensanguentada demonstrava.
- Onde estou? – Perguntei ainda atordoada tentando me sentar.
- Na enfermaria. Não se sente, continue deitada recomendação da enfermeira e do médico. –Ele fez uma pausa e continuou. –Eu levei um baita susto quando a vi deitada no chão e com a camisa branca do colégio num tom rosado e que vazava um liquido vermelho que claramente era seu sangue. –Disse ele me encarando. –Por que você não me contou sobre isso? Pensei que fossemos amigos.
- E somos eu só não o disse para não te preocupar, não parecia nada na hora. –Tentava convencer ele que parecia abatido com uma expressão triste que demonstrava a preocupação que tinha comigo.
- É melhor você descansar agora. –Disse para mim numa voz cansada.
- Acho que sim. –Minha voz soara mais baixo que eu pretendia. –Boa noite. –Desejei a ele e ele me retribuiu com um beijo na testa e a mesma resposta.
-Boa noite. –Sua voz saiu suave, fechei os olhos e adormeci.


Kira

Então aquele bilhete era para me informar que ele iria fazer Mary revelar os ferimentos. Cada vez que me lembro daquele bilhete que encontrei em minha cama.
“É melhor chegar em meia hora senão teremos problemas a mais para resolver.
P.S Estaremos na sala de aula 306”.
Qual o problema dele? Pensei que iria fazer algo ruim a ela, mas só a fez admitir e demonstrar os ferimentos que estava escondendo. Talvez eu tenha julgado errado sua intenção ao vir aqui. Está certo que se não fosse por ele, ela iria acabar sofrendo muito mais pela perda de sangue e pelas costelas rachadas foi bom ele ter me avisado, porém isso não será necessário para me fazer baixar a guarda.
Olhando ela agora nesse estado posso ver o quanto é frágil, encolhida nas cobertas com os olhos cor de mel quase amarelos agora fechados, as bochechas coradas, os seus cabelos castanhos e compridos esparramados pelo travesseiro só livrando seu rosto de ser coberto.
Eu me levantei sem fazer ruído para não a acordar. Sai pela porta só a encostando e voltei para meu quarto pensar e relaxar ou ao menos tentar.

Kyros

Espero poder realizar minha missão sem mais inconveniências do destino. Agora que ela já esta se recuperando é só esperar a melhora e começar a agir.












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