Hinata estava deitada nos sofá, com as pernas para o ar, tentando sobreviver ao calor excessivo munida de apenas um ventilador. Olhava para o teto, sem ânimo nem mesmo para pensar. Completamente entediada, ela já tinha mudado de canal tantas vezes que não sabia mais nem o que estava passando na TV, e até já tinha falado com a cara no ventilador, para imitar um alienígena, mas nada mudava o estado de monotonia, que era quase palpável no pequeno apartamento no centro da cidade.
Repentinamente o telefone tocou, e ainda com a mesma animação, Hinata se levantou do sofá para atendê-lo.
— Moshi moshi?
— SAKURAA!! – uma voz animada no outro lado dizia, mais alto do que o necessário - O que você tá fazendo que ainda não veio? Tá todo mundo te esperando, vê se desce logo, ou...
— Espere – Hinata interrompeu o monólogo irritado da voz, um pouco incerta de como proceder – aqui não tem nenhuma Sakura...
— Sério? Isso não é uma desculpa pra demorar mais pra se arrumar, né Sakura?
— Hmm... não... – Hinata riu da suposição do garoto.
— Ahh! Então desculpa, foi engano ‘ttebayo! – disse agitado, desligando logo depois.
Hinata voltou para o sofá, sentindo-se estranha... seu coração dava pulos, agitando-se no peito. Por que ela ficou desse jeito só de ouvir a voz de um estranho? Isso é terrivelmente errado...
Alguns dias se passaram, e Hinata continuou a pensar naquele telefonema... até mesmo chegou a sonhar com aquela voz, rouca e agitada, que a fazia suspirar só de lembrar... que tipo de louca pervertida ela era? Se apaixonando por uma voz! Francamente...
Ela passava o tempo livre sentada ao lado do telefone, esperando que o dono da voz erra-se de novo. Será que aquela tal de Sakura era sua namorada? Bom... quem falaria daquele jeito com a namorada, afinal... ? E se ele fosse gay?!? Nãããaao!! Impossível! Um gay entenderia a necessidade do tempo para uma mulher se arrumar adequadamente!
No terceiro dia depois do episódio, Hinata não agüentava mais de ansiedade. Iria procurar por si mesma o tal dono da voz. Mas como, se nem mesmo conhecia seu nome? Tudo o que ela sabia sobre ele era que tinha uma amiga chamada Sakura e que não gostava de atrasos...
Resolveu ligar para todos os números de Sakuras que existiam na lista telefônica. O que falar quando alguém no outro lado atendesse? “ Olá, seu nome é Sakura? Por acaso você tem um amigo que tem uma voz rouca, que causa arrepios, e que fala ‘ttebayo’’ de um jeito fofinho na final das frases?”... Ela nunca diria algo assim! E porque existiam tantas Sakuras no Japão? Era como procurar uma palha no agulheiro...
Depois de inúmeras reclamações de seu telefone estar sempre ocupado, e de uma conta extremamente embaraçosa, Hinata desistiu de procurar o dono da voz. E vai ver ele nem era tudo isso também... ela é quem foi idiota de ficar imaginando um rosto lindo e impecável para uma voz! E na sua imaginação ele era loiro, por que ela tinha certa queda por loirinhos, e tinha um lindo e brilhante sorriso. Mas tudo não passava de imaginação! E ela já não era nenhuma ginasial que fica fantasiando pelos cantos. Devia parar com essas atitudes infantis!
Mesmo se forçando a tirar tudo isso da cabeça, ela não conseguia. Cada vez mais a imagem ia ficando nítida, e ela já não parava de pensar na voz.
Isso estava a deixando louca!
Em uma outra tarde, monótona e quente, Hinata assistia a um filme qualquer que passava na TV. O telefone toca, e ela apenas estica o braço para atendê-lo. Há algum tempo ela havia parado de sentir o coração martelar audivelmente cada vez que o telefone tocava. Era impossível afinal.
— Moshi moshi? – ela atendeu, sem emoção alguma na voz.
— Hmm... oi... – Hinata sentiu como se o tempo parasse ao ouvir aquela voz. Seu coração já não batia, flutuava – não sei se você lembra, mas eu liguei pra você por engano um dia desses. Bom... dessa vez não é engano...
Repentinamente o telefone tocou, e ainda com a mesma animação, Hinata se levantou do sofá para atendê-lo.
— Moshi moshi?
— SAKURAA!! – uma voz animada no outro lado dizia, mais alto do que o necessário - O que você tá fazendo que ainda não veio? Tá todo mundo te esperando, vê se desce logo, ou...
— Espere – Hinata interrompeu o monólogo irritado da voz, um pouco incerta de como proceder – aqui não tem nenhuma Sakura...
— Sério? Isso não é uma desculpa pra demorar mais pra se arrumar, né Sakura?
— Hmm... não... – Hinata riu da suposição do garoto.
— Ahh! Então desculpa, foi engano ‘ttebayo! – disse agitado, desligando logo depois.
Hinata voltou para o sofá, sentindo-se estranha... seu coração dava pulos, agitando-se no peito. Por que ela ficou desse jeito só de ouvir a voz de um estranho? Isso é terrivelmente errado...
Alguns dias se passaram, e Hinata continuou a pensar naquele telefonema... até mesmo chegou a sonhar com aquela voz, rouca e agitada, que a fazia suspirar só de lembrar... que tipo de louca pervertida ela era? Se apaixonando por uma voz! Francamente...
Ela passava o tempo livre sentada ao lado do telefone, esperando que o dono da voz erra-se de novo. Será que aquela tal de Sakura era sua namorada? Bom... quem falaria daquele jeito com a namorada, afinal... ? E se ele fosse gay?!? Nãããaao!! Impossível! Um gay entenderia a necessidade do tempo para uma mulher se arrumar adequadamente!
No terceiro dia depois do episódio, Hinata não agüentava mais de ansiedade. Iria procurar por si mesma o tal dono da voz. Mas como, se nem mesmo conhecia seu nome? Tudo o que ela sabia sobre ele era que tinha uma amiga chamada Sakura e que não gostava de atrasos...
Resolveu ligar para todos os números de Sakuras que existiam na lista telefônica. O que falar quando alguém no outro lado atendesse? “ Olá, seu nome é Sakura? Por acaso você tem um amigo que tem uma voz rouca, que causa arrepios, e que fala ‘ttebayo’’ de um jeito fofinho na final das frases?”... Ela nunca diria algo assim! E porque existiam tantas Sakuras no Japão? Era como procurar uma palha no agulheiro...
Depois de inúmeras reclamações de seu telefone estar sempre ocupado, e de uma conta extremamente embaraçosa, Hinata desistiu de procurar o dono da voz. E vai ver ele nem era tudo isso também... ela é quem foi idiota de ficar imaginando um rosto lindo e impecável para uma voz! E na sua imaginação ele era loiro, por que ela tinha certa queda por loirinhos, e tinha um lindo e brilhante sorriso. Mas tudo não passava de imaginação! E ela já não era nenhuma ginasial que fica fantasiando pelos cantos. Devia parar com essas atitudes infantis!
Mesmo se forçando a tirar tudo isso da cabeça, ela não conseguia. Cada vez mais a imagem ia ficando nítida, e ela já não parava de pensar na voz.
Isso estava a deixando louca!
Em uma outra tarde, monótona e quente, Hinata assistia a um filme qualquer que passava na TV. O telefone toca, e ela apenas estica o braço para atendê-lo. Há algum tempo ela havia parado de sentir o coração martelar audivelmente cada vez que o telefone tocava. Era impossível afinal.
— Moshi moshi? – ela atendeu, sem emoção alguma na voz.
— Hmm... oi... – Hinata sentiu como se o tempo parasse ao ouvir aquela voz. Seu coração já não batia, flutuava – não sei se você lembra, mas eu liguei pra você por engano um dia desses. Bom... dessa vez não é engano...
Waa! E então, o que acharam?